Talentos do Semiárido

Francisco Ruberlânio da Silva Franco, autônomo

Apodi, Comunidade P.A. Paraíso, Rio Grande do Norte

Francisco Ruberlaneo - CooafapFrancisco Ruberlânio da Silva Franco acredita que o cooperativismo é um instrumento importante para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. Ele é diretor da UNICAFES – União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária e sócio de outras duas cooperativas: a CREDIOESTE-SOL – Cooperativa de Crédito Solidário da Agricultura Familiar do Oeste Potiguar e a COOPAPI – Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável. Com toda essa experiência, já há algum tempo, ele participa ativamente de reuniões e atividades para melhorar a qualidade de vida dos cooperados.

Boas práticas. Ruberlânio trabalha com o diagnóstico das cooperativas em atividade no Rio Grande do Norte e com a formação de uma rede de cooperação que visa maior intercâmbio entre as cooperativas. Uma das inovações foram as discussões sobre o acesso aos mercados como uma ferramenta importante para o desenvolvimento das cooperativas. Para o futuro, seu desejo é ver cooperativas bem estruturas, capazes de comercializar seus produtos com o registro sanitário adequado, nos mais diversos segmentos.

A força do cooperativismo

Filho de agricultores, Francisco Ruberlânio da Silva Franco se mudou para a zona rural de Apodi, no Rio Grande do Norte, ainda pequeno. Ele conhece bem os desafios dos agricultores e a importância do cooperativismo e do associativismo para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade. Atualmente, aos 29 anos, ele é diretor da UNICAFES e sócio de outras duas cooperativas: a CREDIOESTE-SOL e a COOPAPI.

À frente da UNICAFES, Francisco Ruberlânio realiza uma série de atividades: representa os produtores na busca de parcerias com o governo, trabalha na implementação de políticas públicas, além de ser responsável por buscar financiamento público e privado. Além disso, tenta equacionar problemas internos como melhorar a escala na produção (para diminuir os custos do produtor), e auxiliar os cooperados para diminuir os problemas de gerenciamento. Outra atribuição é a batalha para mudar a legislação para produtos de origem animal. “As exigências para a grande indústria não deveriam se aplicar à produção familiar”, diz ele.

Mudar é preciso

A mudança na legislação é uma demanda antiga dos pequenos produtores brasileiros. Acessar mercados e adequar os produtos aos padrões exigidos pela legislação tem sido um obstáculo frequente diante dos agricultores. Faltam programas institucionais e uma lei mais adequada à realidade dos pequenos produtores. Hoje quem mais sofre com a legislação são produtores de alimentos de origem animal. Para receber o selo de inspeção exigido para o comércio, é preciso que os laticínios e seus derivados, leite, queijo e doce de leite, por exemplo, passem por uma unidade de beneficiamento, em falta na região. A legislação exige do produtor de pequena escala, o mesmo que exige da agroindústria. Sem o selo de inspeção, o pequeno produtor não consegue atingir mercados fora de sua região natal. O mesmo vale para o mel.

Na COOPAPI, ele também auxilia na organização da cadeia produtiva, para torná-la mais sustentável e viável para o produtor. Assim, o agricultor também é apicultor e criador de caprinos. Na cooperativa, os sócios recebem orientação para lidar com dificuldades que possam surgir na hora de comercializar os produtos ou conseguir crédito, por exemplo.

Fundada em 2006, a cooperativa de crédito tem como foco a sustentação da agricultura familiar. A instituição se mantém com a captação de recursos dos cooperados e com recursos provenientes do governo federal. Dessa forma é possível oferecer linhas de crédito para várias modalidades de trabalho: lavoura, criação de bovinos e caprinos, entre outros. A cooperativa de crédito é uma iniciativa fundamental de apoio à agricultura familiar.

Além dos benefícios, a rapidez é uma das vantagens oferecidas aos agricultores. “A principal mudança e diferença da CREDIOESTE-SOL é na rapidez de acesso ao crédito, porque na cooperativa o processo é diferente, foi pensado para um público específico. Com isso, o agricultor consegue dar prosseguimento a suas atividades sem perder tempo”, diz.

Contato:

Francisco Ruberlaneo da Silva Franco
ruberlanio@hotmail.com
(84)99921-6388

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